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Roubo no Louvre: VÍDEO mostra ladrões usando guindaste para sair do museu

Novo vídeo mostra ladrões do Louvre descendo de guindaste após roubo Novas imagens que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que dois ladrões fo...

Roubo no Louvre: VÍDEO mostra ladrões usando guindaste para sair do museu
Roubo no Louvre: VÍDEO mostra ladrões usando guindaste para sair do museu (Foto: Reprodução)

Novo vídeo mostra ladrões do Louvre descendo de guindaste após roubo Novas imagens que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que dois ladrões fogem do Museu do Louvre, em Paris, no domingo (19), após o roubo cinematográfico de joias da coleção da instituição. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O roubo, em plena luz do dia, expôs a falta de recursos do museu, o mais visitado do mundo e mais famoso da Europa, para lidar com casos do tipo. Os ladrões quebraram janelas, perfuraram vitrines com as joias e fugiram sem ser pegos. O novo vídeo, cuja autenticidade, local e data foram verificados pelo jornal francês "Le Parisien", revela imagens do momento da fuga (veja acima). As imagens mostram um dos ladrões descendo por um guindaste preso a um caminhão e ligado a uma das janelas do Louvre. O equipamento foi o mesmo que os ladrões utilizaram para entrar no museu e praticar o roubo. Várias pessoas gritam no momento, segundo mostra o vídeo. Mesmo assim, os ladrões conseguem descer do guindaste, subir em motos e fugir sem serem abordados por nenhum policial ou seguranças do Louvre. Até a última atualização desta reportagem, os ladrões ainda não haviam sido encontrados, e apenas uma das joias — uma coroa deixada para trás pelos próprios criminosos — foi recuperada. As nove joias roubadas, contando com a coroa, foram avaliadas em cerca de R$ 550 milhões. Ao menos quatro suspeitos estão envolvidos no crime, que durou cerca de sete minutos. Diretora admite erros Vídeo mostra simulação de como ladrões entraram no Louvre Na quarta-feira (22), a diretora do Museu do Louvre, Laurence des Cars, admitiu que houve uma "falha terrível" de segurança no histórico roubo, e que as câmeras do museu não estavam cobrindo a janela pela qual os suspeitos entraram. Em depoimento ao Senado francês nesta quarta, a diretora do Louvre afirmou que o museu tem uma grave falta de câmeras de segurança do lado de fora do monumento e que o roubo também expôs outras “fraquezas”. “Hoje estamos vivendo uma falha terrível no Louvre, pela qual assumo minha parcela de responsabilidade”, disse Des Cars aos senadores. A chefe do Louvre chamou o sistema de vigilância do lado exterior do museu de "muito insuficiente" e disse que não cobria a varanda pela qual entraram os suspeitos do roubo (veja na imagem abaixo). Des Cars assegurou que o plano de segurança do museu agora é fazer com que “todas as fachadas” sejam cobertas. “Há algumas câmeras perimetrais, mas que são antigas (...), o conjunto é muito insuficiente, não cobre todas as fachadas do Louvre. Infelizmente, do lado da Galeria Apolo, a única câmera estava voltada para o oeste e, portanto, não cobria a varanda pela qual houve a invasão”, disse Des Cars. Foto mostra janela por onde entraram os ladrões do Museu do Louvre Gonzalo Fuentes/Reuters A diretora do museu afirmou aos senadores que apresentou sua renúncia à ministra da Cultura, Rachida Dati, porém ela não aceitou. O museu, um dos mais famosos e o mais visitado do mundo, reabriu para visitantes nesta quarta, três dias após o crime, com segurança reforçada e armada e muitos turistas. A Galeria de Apolo, no entanto, continua fechada até a última atualização desta reportagem. Por conta do roubo, o governo francês mandou reforçar a segurança nos arredores de museus e instituições culturais pelo país. O roubo gerou indignação por toda a França e expôs políticos, autoridades do governo e ligadas ao museu. Os ministérios da Cultura e do Interior realizaram reuniões de emergência no início desta semana para discutir a situação. O ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, classificou o caso como “deplorável” e disse que “falhamos”. Segundo ele, o roubo "prejudicou a imagem" do país. O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu encontrar os suspeitos e pediu nesta quarta que maiores medidas de segurança sejam implementadas "rapidamente" no Louvre. Louvre reabre pela primeira vez desde o roubo de joias Visitantes fazem fila em 22 de outubro de 2025, dia da reabertura do Museu do Louvre após roubo de joias Thibaud Moritz/AFP LEIA TAMBÉM: VÍDEO E FOTOS: Veja joias do Louvre que foram levadas por ladrões; diamante de US$ 60 milhões ficou ROUBO: o que se sabe sobre o crime no Louvre, que fechou o museu mais visitado do mundo MACRON: presidente da França promete recuperar joias e punir suspeitos por roubo no Louvre Roubo cinematográfico no Louvre Exclusivo: vídeo de brasileira registra pancadas dos ladrões na janela do Museu do Louvre A invasão ocorreu por volta de 9h30 (madrugada no Brasil), cerca de 30 minutos após a abertura do museu. Segundo as autoridades francesas, dois criminosos invadiram o Louvre pela fachada voltada para o Rio Sena usando um guindaste acoplado a um caminhão e arrombaram uma janela. O veículo estava estacionado ao lado do museu. Dentro da Galeria de Apolo, os ladrões quebraram as vitrines para pegar as joias. Depois, fugiram de moto com os comparsas. Nove peças foram levadas, segundo o Ministério Público da França. Uma delas já foi recuperada, após ser encontrada danificada em uma rua próxima ao museu. É a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. Coroa da imperatriz francesa Eugênia, uma das peças roubadas do museu do Louvre em 19 de outubro de 2025 Museu do Louvre/Divulgação Alguns dos itens que permanecem desaparecidos: Coroa com safiras e quase 2.000 diamantes. Colar com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes da rainha consorte Maria Amélia. Colar e brincos da imperadora Maria Luisa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte, com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes. Broche com 2.634 diamantes da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, adquirido pelo Louvre em 2008 por € 6,72 milhões - cerca de R$ 42,2 milhões. Colar e brincos da imperatriz francesa Maria Luisa, que está entre as peças roubadas por ladrões do museu do Louvre, em Paris, em 19 de outubro de 2025. Divulgação/ Museu do Louvre O item mais caro da coleção não foi levado. É o diamante Regent, de 140 quilates, avaliado em US$ 60 milhões (cerca de R$ 377 milhões), segundo estimativas da casa de leilões Sotheby's. O que se sabe sobre os ladrões? Ninguém foi preso nem identificado até agora. Os investigadores vão avaliar imagens de câmeras de segurança e interrogar funcionários para tentar chegar aos suspeitos. As autoridades também buscam saber se há envolvimento de algum trabalhador do museu para facilitar a entrada dos ladrões, que usavam coletes amarelos como disfarce. Todas as hipóteses são consideradas, disse Laure Beccuau, promotora de Paris. Uma das linhas de investigação, segundo ela, é que o roubo tenha sido encomendado por um colecionador. O envolvimento do crime organizado não está descartado. Neste caso, afirmou ela, as joias poderiam ser usadas em transações para lavar dinheiro de origem ilegal. "Hoje em dia, tudo pode estar ligado ao narcotráfico, dadas as somas significativas de dinheiro obtidas." O que disseram as autoridades? O presidente Emmanuel Macron, prometeu recuperar as joias roubadas e afirmou que os criminosos serão punidos e "levados à Justiça" em um post na rede social X. "O roubo do Louvre é um ataque a um patrimônio que prezamos porque faz parte da nossa história. Recuperaremos as obras e os responsáveis ​​serão levados à justiça. Tudo está sendo feito, em todos os lugares, para alcançar esse objetivo, sob a liderança do Ministério Público de Paris", disse. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, lamentou o crime e afirmou que as peças roubadas tinham um "valor inestimável". "Eles claramente fizeram um reconhecimento prévio. Parecem muito experientes. Essas joias tinham valor inestimável, eram um verdadeiro patrimônio", declarou o ministro. Museu do Louvre Mona Lisa, obra mais famosa do Museu do Louvre, em Paris Julia Demaree Nikhinson/AP O Louvre é o museu mais visitado do mundo e tem mais de 33 mil obras no acervo. São tesouros de civilizações antigas, mobiliários, esculturas e pinturas de mestres das artes. O museu recebeu quase nove milhões de visitantes no ano passado, sendo 80% estrangeiros. A estrela maior do Louvre é a Mona Lisa, obra de arte mais famosa do mundo. O enigmático retrato foi pintado por Leonardo da Vinci, gênio do Renascimento italiano. A Mona Lisa atrai cerca de 20 mil pessoas diariamente à Salle des États, a maior sala do museu. Em 1911, a tela pintada por Da Vinci no século XVI desapareceu de sua moldura, roubada por Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário que se escondeu dentro do museu e saiu com a obra debaixo do casaco. A Mona Lisa foi recuperada dois anos depois, em Florença. Também estão entre as principais obras a Vênus de Milo, O casamento em Caná e a Vitória de Samotrácia. Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris Arte/g1