Petróleo sobe 5% com novas sanções dos EUA contra Rússia
Trump aplica sua 1ª sanção contra a Rússia e pressiona Putin por cessar-fogo Os preços do petróleo subiram mais de 5% nesta quinta-feira (23), após os Es...
Trump aplica sua 1ª sanção contra a Rússia e pressiona Putin por cessar-fogo Os preços do petróleo subiram mais de 5% nesta quinta-feira (23), após os Estados Unidos aplicarem sanções aos principais fornecedores russos, Rosneft e Lukoil, em resposta à guerra na Ucrânia. A medida marcou a primeira ação do governo Trump contra Moscou. Os futuros do petróleo Brent avançaram 5,21%, a US$ 65,85 o barril. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, subiu 5,44%, para US$ 61,66. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As sanções dos EUA significam que as refinarias da China e da Índia, grandes compradoras do petróleo russo, precisarão buscar fornecedores alternativos para evitar a exclusão do sistema bancário ocidental, de acordo com o analista do Saxo Bank, Ole Hansen. Ibama autoriza Petrobras a explorar petróleo no Amapá Os EUA disseram que estavam preparados para tomar outras medidas, pois pediram a Moscou que concordasse imediatamente com um cessar-fogo na Ucrânia. O Reino Unido já havia sancionado as mesmas companhias na semana passada, e a União Europeia aprovou um 19º pacote de restrições, incluindo a proibição das importações de gás natural liquefeito russo. Logo após o anúncio das sanções, os contratos futuros do Brent e do WTI subiram mais de US$ 2 por barril, alta reforçada por uma queda inesperada nos estoques americanos. O impacto das sanções sobre os mercados de petróleo dependerá da reação da Índia e do fato de a Rússia encontrar compradores alternativos, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS. O país asiático se tornou o principal destino do petróleo russo com desconto desde o início da guerra. É provável que as refinarias indianas reduzam drasticamente as importações de petróleo russo devido às novas sanções, disseram fontes do setor na quinta-feira. A empresa privada Reliance Industries, a principal compradora indiana de petróleo bruto russo, planeja reduzir ou interromper completamente essas importações, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto. Mas ainda há certo ceticismo no mercado sobre se as sanções dos EUA resultariam em uma mudança fundamental na oferta e na demanda. "Até agora, quase todas as sanções contra a Rússia nos últimos três anos e meio não conseguiram afetar os volumes produzidos pelo país ou as receitas do petróleo", disse o analista da Rystad Energy, Claudio Galimberti. As preocupações com o excesso de oferta após os aumentos de produção da Opep+ limitaram os ganhos do petróleo na quinta-feira. O UBS espera que o Brent permaneça entre US$ 60 e US$ 70. Petrobras descobriu petróleo em poço ultra profundo na Bacia Potiguar Divulgação/Petrobras